Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, cerca de 80% da população mundial sofre ou terá dores na coluna em algum momento da vida. Infelizmente, esse é um incômodo comum que pode ser causado por inúmeras razões e pode ser resolvido através de diversos tratamentos. Entre eles, está a cirurgia na coluna, mas nem sempre é a melhor escolha.
Como a coluna vertebral é ligada a diversos grupos musculares do corpo humano, a dor na coluna pode atingir praticamente qualquer parte do corpo, reduzindo a qualidade de vida do paciente, afetando na mobilidade, circulação e muitos outros problemas.
Quando é necessário realizar cirurgia?
Cirurgia é um procedimento complexo e que precisa ser realizado depois de muita avaliação. Cerca de 85% dos pacientes respondem positivamente a tratamentos conservadores sem intervenção cirúrgica. Por isso, apenas um médico especializado pode responder sobre a necessidade de um procedimento cirúrgico com certeza olhando o quadro clínico e sintomas de cada paciente.
No entanto, algumas razões podem indicar a necessidade de um procedimento cirúrgico. São elas:
- Dificuldade de realizar tarefas básicas: se a dor na coluna te impedir ou dificultar a realização de tarefas básicas da rotina ou trabalho que eram realizadas normalmente, com um nível intolerável de dor, ou impedir até o sono, é um sinal de atenção;
- Redução da qualidade de vida: alinhado com o último tópico, se a dor na coluna reduzir ou impedir que aproveite momentos de lazer, também é um sinal de que é necessário investigar esse incômodo;
- Você tem alguma lesão ou deformidade na região: em alguns casos, a decisão de realizar a cirurgia é tomada de forma mais rápida pela gravidade do quadro clínico. Isso acontece em casos como lesões na região, ou deformidades como cifose e escoliose em casos mais graves em que as terapias não funcionam mais;
- Piora contínua e tratamentos anteriores não eficazes: em casos com condições progressivas, como a osteoporose, em que outros tratamentos não cirúrgicos já não melhoram o quadro, ou então quando já esgotaram todas as possibilidades não cirúrgicas, o médico especialista pode recomendar o procedimento cirúrgico.
Há alguns casos em que a cirurgia é normalmente a melhor opção, como hérnias e cistos, fratura ou luxação da coluna, infecções e tumores, mas é imprescindível que haja acompanhamento médico especializado.
Procedimentos Minimamente Invasivos
Alguns especialistas defendem que os procedimentos minimamente invasivos da coluna são a melhor opção, quando o quadro clínico do paciente permite. Isso acontece porque eles são os mais modernos na área e costumam ter o resultado esperado para a resolução do problema do paciente sem que causem tantos riscos e impactos na vida e rotina como uma cirurgia tradicional.
Tecnicamente, esse tipo de procedimento é feito através de incisões menores ou mesmo sem cortes através do uso de agulhas, reduzindo os danos a tecidos e músculos, possibilitando um melhor processo de cicatrização e reduzindo o risco de complicações como hemorragias e infecções. Ele também diminui o tempo de internação hospitalar e uso de medicamentos, além de permitir o uso da anestesia local e sedação, ao invés da anestesia geral.
Os procedimentos minimamente invasivos são recomendados para tratamento de diversos casos, como dores na cervical, ciática ou cóccix, hérnia de disco lombar e cervical, fraturas, cistos, osteofitose (bico de papagaio), infecções de discos e vértebras, deslizamento de vértebras e estenose da coluna.
Vale reforçar a importância de sempre consultar a equipe médica especializada responsável para entender as melhores opções para cada quadro clínico.
