Um estudo conduzido pelo programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília e apresentado no Congresso Internacional sobre Obesidade em 2024 apontou que 56% dos adultos brasileiros têm sobrepeso (22%) ou obesidade (34%). Isso, juntamente das estimativas feitas com base nas tendências atuais de saúde e consumo da população, indica que quase metade da população adulta do Brasil (48%) será obeso em até 20 anos, e mais de 27% terão sobrepeso.
Tanto o sobrepeso como a obesidade estão associados aos mais diversos problemas de saúde: hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, colesterol alto, maior probabilidade de desenvolver câncer e apneia do sono, por exemplo. Além disso, há também o impacto na coluna vertebral.
O excesso de peso pode causar patologias nas articulações, como dores no quadril e nos joelhos, além de dor na coluna. Outros problemas que podem aparecer com a obesidade e afetar a coluna vertebral são:
- Hérnia de disco: caracterizada pelo abaulamento do disco intervertebral, ou seja, o deslocamento da substância gelatinosa que existe entre as vértebras da coluna para fora do disco fibroso na região do pescoço;
- Fratura por compressão: acontece devido à pressão excessiva na região e tende a ser mais comum em pessoas idosas, com osteoporose, e pode não manifestar sintomas;
- Hiperlordose: condição que aumenta de forma excessiva a curvatura natural da coluna na região da lombar, podendo causar dor e atrapalhar a qualidade de vida de uma pessoa;
- Doença degenerativa do disco intervertebral: pode causar dor nas costas que irradia para as pernas, além de rigidez, perda de flexibilidade e fraqueza;
- Osteoartrite da coluna vertebral: doença caracterizada pelo desgaste progressivo das cartilagens da coluna.
Como aliviar a dor nas costas causada pela obesidade?
Em um primeiro momento, após consultar um especialista em dor e coluna, é possível tratar a lombalgia com medicamentos que vão aliviar o incômodo. No entanto, é necessário realizar exames que possam diagnosticar a raiz do problema, potencializado pelo excesso de peso.
Realizar acompanhamento com nutrólogo e um nutricionista, além de incluir atividade física na rotina, também podem ajudar a melhorar as dores. Além disso, é fundamental que o profissional atendendo o paciente leve em consideração que cada paciente é único e precisa ser examinado de forma individual, sem colocar preconceitos e estereótipos sociais à frente, sempre pensando no bem estar e qualidade de saúde.
