Tratamentos cirúrgicos

O que é, como surge e como tratar a escoliose?

Médico vendo raio-x de uma pessoa com escoliose

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A escoliose é uma condição da coluna vertebral quando há uma curvatura anormal nela, que normalmente pode ser notada a olho nu e que pode ter a forma da letra “S” ou “C”. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só no Brasil, 6 milhões de pessoas possuem escoliose, que pode variar de leve a grave.

Essa condição pode afetar qualquer parte da coluna vertebral, mas o mais comum é surgir na parte torácica ou lombar. 

Quais são os tipos de escoliose?

A escoliose pode atingir pessoas de qualquer idade, e é dividida por 4 tipos diferentes. São eles: 

  • Idiopática: é o tipo mais comum e atinge cerca de 80% das pessoas com a condição. Neste caso, a causa da escoliose é desconhecida e a medicina difere de acordo com a idade do surgimento. Infantil para início antes dos 3 anos de idade, juvenil quando surge entre 4 e 10 anos, e Adolescente quando inicia no período entre os 10 anos de idade e antes do fim da fase de crescimento;
  • Congênita: acontece quando o paciente apresenta anomalias congênitas das vértebras, ou malformações, que acontecem durante o desenvolvimento fetal. Costumam ser evidentes desde o nascimento; 
  • Neuromuscular: é o tipo que surge como resultado de condições neuromusculares que afetam os nervos e músculos. Costumam surgir como decorrência de doenças neurológicas como paralisia cerebral, distrofia muscular, mielomeningocele, espinha bífida, entre outras;
  • Degenerativa: já a degenerativa surge em adultos, já com o avanço da idade e envelhecimento, devido à degeneração dos discos intervertebrais e das articulações da coluna vertebral.

O que causa a escoliose?

A maioria dos casos de escoliose são do tipo idiopático, que não tem suas causas completamente esclarecidas. No entanto, acredita-se que fatores genéticos podem influenciar no surgimento da condição. Já para os outros tipos de escoliose, as causas são mais claras.

Condições congênitas, normalmente originadas no desenvolvimento fetal, costumam ser as causas do tipo congênito da escoliose. Traumas após doenças do tecido conjuntivo também podem acarretar na condição da coluna.

Além disso, como já explicado acima, problemas neurológicos, paralisias, distrofias e outras doenças semelhantes, bem como a degeneração dos discos e articulações da coluna devido ao envelhecimento também podem levar à escoliose, sendo neuromuscular ou degenerativa.

Quais os sintomas?

A escoliose pode ser assintomática, ou seja, não é visualmente perceptível. Isso pode levar a um diagnóstico tardio, em que o paciente só percebe a condição quando a curvatura se torna mais grave é perceptível. A condição também pode ser percebida fisicamente por ombros desiguais, cintura assimétrica, escápula proeminente, quadris desnivelados e desalinhamento da cabeça.

Além disso, a escoliose pode afetar alguns órgãos vitais como o pulmão, causando problemas respiratórios, ou então o sistema digestivo, podendo causar constipação. Ela também pode causar rigidez e dor muscular, fadiga ou dor nas costas.

O diagnóstico costuma ser feito a partir de exame físico e confirmado por radiografias.

Como a escoliose é tratada?

O tratamento da escoliose depende de sua gravidade. Para curvaturas leves, a observação e acompanhamento por um médico especialista é suficiente.

Para casos moderados, pode ser necessário fazer uso do colete para prevenir a progressão da condição. Já para casos mais graves, é indicado fisioterapia e pode ser necessário realizar cirurgia para corrigir e estabilizar a curvatura. 

A escoliose pode ser apenas uma condição que causa um leve desconforto no estilo de vida de quem a tem. No entanto, é essencial fazer buscar acompanhamento de uma equipe médica especializada para indicar as melhores práticas caso a caso.