Apesar de pouca gente se confundir por conta dos termos, a lordose é uma condição normal da coluna vertebral: é a curvatura fisiológica da coluna nas áreas cervical e lombar, e funciona para amortecer os impactos e manter o equilíbrio da postura.
No entanto, quando a curvatura fica excessiva, muito acentuada para dentro, e com presença de dores e alterações pontuais, o quadro se torna preocupante pois passa a ser hiperlordose.
Entre as principais causas da hiperlordose estão:
- Má postura e fraqueza muscular, principalmente das costas e abdômen;
- Sobrepeso e obesidade, pois o peso na região abdominal puxa a coluna para frente;
- Gravidez, uma vez que o corpo tenta compensar a projeção do abdômen curvando a coluna ainda mais;
- Lesões ou procedimentos na coluna;
- Fatores genéticos, condições congênitas ou neuromusculares;
- Envelhecimento e degeneração estrutural e natural da coluna.
Para identificar a condição de lordose acentuada, um dos sinais mais comuns na rotina é a postura corporal típica, em que a lombar fica excessivamente arqueada, enquanto os glúteos e o abdômen se projetam para frente. Outro indício comum é o espaço visível ao deitar. Pessoas com hiperlordose tendem a apresentar uma folga perceptível entre as costas e o chão quando estão deitadas de barriga para cima.
Além dos sintomas perceptíveis, as dores musculares e espasmos podem ser frequentes, especialmente na região lombar. Em alguns casos, a dor pode irradiar para as pernas ou até para o pescoço.
A hiperlordose também pode provocar fadiga, fraqueza e desequilíbrio, causando dificuldade para permanecer em pé ou caminhar por longos períodos. Em casos mais graves, podem surgir sintomas neurológicos, como formigamentos, dormência, fraqueza nos membros e até dificuldades no controle da bexiga ou do intestino.
O diagnóstico da lordose é feito por meio de exames físicos e avaliação clínica como exame postural e testes de amplitude de movimento, mas radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas também podem servir de evidências complementares para fechar o diagnóstico do paciente.
Qual é o tratamento?
O tratamento é voltado principalmente para medidas conservadoras, que podem envolver fisioterapia, uso de medicamentos, adaptações ergonômicas como colete ortopédico, além de mudanças no estilo de vida para aliviar sintomas e melhorar a postura.
Em muitos casos, a condição pode apresentar melhora ao longo do tempo. Em crianças, por exemplo, pode ser temporária e evoluir positivamente com o crescimento e correção postural. Já em mulheres grávidas, tende a regredir naturalmente após a gestação.
Se identificou com algum dos sintomas dessa condição? Não adie a busca por ajuda médica e consulte um especialista para avaliação e acompanhamento adequados.



