De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 4% da população de todo o mundo possui escoliose, condição da coluna vertebral que causa uma curvatura anormal, normalmente possível de ser notada a olho nu e que pode ter a forma da letra “S” ou “C”.
São quatro tipos de escoliose, que variam do grau mais leve até o mais grave: escoliose idiopática, congênita, neuromuscular e degenerativa. Existem outras classificações para ajudar o médico a definir qual a melhor forma de tratamento.
A escoliose pode ser assintomática, não sendo visível a olho nu, atrasando seu diagnóstico e podendo agravar a condição ao longo do tempo. Normalmente, a escoliose é percebida quando há ombros desiguais, cintura assimétrica, escápula proeminente, quadris desnivelados e/ou desalinhamento da cabeça.
A doença também pode impactar órgãos vitais como o pulmão, causando dificuldade respiratória, além de ter possibilidade de causar constipação intestinal, rigidez e dor muscular, fadiga ou dor nas costas.
O diagnóstico da escoliose costuma ser feito a partir de exame físico e confirmado por radiografia e ressonância.
Quais são os tratamentos?
O tratamento para a condição vai depender da gravidade da curvatura e idade do paciente, mas costumam ser os abaixo:
- Observação e acompanhamento: indicado para curvaturas leves, a observação e o acompanhamento por um médico especialista são suficientes para monitorar a progressão da condição;
- Colete ortopédico: para casos moderados, especialmente em crianças e adolescentes, para prevenir a progressão da curvatura durante o crescimento;
- Fisioterapia: ajuda a melhorar a força muscular, a flexibilidade e a postura, aliviando sintomas e prevenindo a progressão da curvatura. Exercícios e RPG também podem contribuir com a melhora do quadro;
- Cirurgia: necessária para casos graves, a cirurgia pode corrigir e estabilizar a curvatura da coluna. As técnicas cirúrgicas incluem a fusão espinhal e o uso de hastes de crescimento para crianças em fase de desenvolvimento.
Fatores que podem influenciar na eficácia do tratamento
É importante lembrar que cada quadro é único e deve ser avaliado de forma específica, por uma equipe especializada. Isso acontece porque existem fatores que podem impactar no resultado do tratamento, seja ele qual for. Entenda:
- Idade: pacientes mais jovens têm melhores resultados com o uso de colete e fisioterapia devido à flexibilidade da coluna e ao potencial de crescimento;
- Gravidade da curvatura: as curvaturas mais leves são mais fáceis de tratar e têm melhor prognóstico do que as graves, naturalmente;
- Velocidade do diagnóstico: o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento, permitindo intervenções menos invasivas e mais eficazes.
Depois de entender melhor como pode lidar com um quadro de escoliose, fique atento aos sintomas e procure uma equipe especializada para investigar.